Ponte do Oregon

Estou desnorteado com tudo que acabara de acontecer no farol. Se pudesse voltar no tempo, nunca teria feito isso. Minha amizade com Alison estava indo tão bem, por que tive de fazer aquilo? Que droga. Sou tão idiota. O carro está um pouco acima da velocidade permitida. Meu carro já está no comecinho da ponte. Algumas luzes estão queimadas. Resolvo ver se encontro alguma estação de rádio que esteja tocando músicas. O rádio está fora da estação. Procuro colocar na estação, mas antes que eu consiga, atropelo algo que destrói o para-brisa do carro deixando-o estilhaçado. Tento tomar o controle novamente do carro, mas não consigo e acabo jogando o carro para o acostamento que não existe. O carro quebra a rede de proteção e cai da ponte. Ponho os braços na frente de meu rosto. A água termina de quebrar o para-brisa no impacto ao cair no rio. Tudo está cheio de água. Prendo a respiração e mergulho, tento tirar o cinto de segurança, mas não consigo. Começo a ficar sem ar e não vejo mais nada sob a água escura do rio. Até que percebo com a visão densa, alguém abrindo a porta do carro, dai não vejo mais nada...

Sinto todo meu corpo dolorido. Estou deitado em algum lugar bastante desconfortável. Faz muito frio. Abro os olhos com dificuldade a luz está muito forte. Vejo que estou na margem pedregosa do rio. Apoio com dificuldade minhas mãos no chão e levanto. Está tudo girando. Minha cabeça dói muito. Tento manter os olhos abertos com dificuldade. Subo o caminho da margem até a pista. Lembro-me de tudo que aconteceu ontem. Estou com a roupa ainda molhada. Não consigo mais ficar em pé e caio no meio da rodovia. Tudo escurece.